- Que cara metade coisa nenhuma! Não existe isso! O amor é de cada um e tem aquele rosto lindo e fresco, como se tivesse acabado de sair do banho! Isso, tem cheiro de sabonete e cabelo molhado e tudo.
- Que ideia mais maluca! Nós sempre nos demos bem e nos completamos, como dizem por aí; formamos um casal invejável, que não se ofende, que não grita; um não invade o outro com ciumeira boba, ...
- O amor é cruel, meu bem, ele castiga com um jeito tão terno, que dá raiva! Ele oprime de tal forma, que o ser amado fica ali, tenso, sem saber o que fazer pra agradar, cativo, de coração enclausurado...
- Quer dizer que amar e ser amado não são a mesma coisa?
- Claro que não, por isso é que eu prefiro amar você a ser sua amada! Quero conquistá-lo todo dia, fazer de você vassalo invisível, pois só assim sentirei meu poder de amar com esse disfarce que eu aprendi a construir, ou melhor, que você me ensinou a criar.
- Eu??
- Claro que sim. Deixando-me livre para amá-lo, oferecendo-se com esse servilismo simpático que os outros pensam ser coisa positiva, você me fez ver que o amor é coisa solitária e cruel, com olhos ingênuos pra quem enxerga a cena sem entrar dentro do quadro.
- Parece até meio trágico, coisa de choro!
- A tragédia não chora; pranteia! E o amor sabe bem como provocar esses escândalos nada racionais. É tragédia, sim, mas aquela que sabe bem ficar escondida atrás da porta, suspirando baixinho e dizendo eu te amo, meu amor, como eu te amo!
Que coisa não?! A única pergunta que eu me faço é a seguinte. É possível amar algo que não conhecemos?
ResponderExcluirÉ amor fingir ser outro pra prender a quem se "ama", temendo que esse outro não amaria, caso se mostrasse como se é? Porque privar o outro de liberdade, quando se "ama" sozinho de todo jeito?! Mostrar-se é permitir escolha, e amar de fato.
ResponderExcluir"(...) O amor é o tempo e o espaço onde "eu" se dá o direito de ser extraordinário. Soberano sem sequer ser indivíduo. Divisível, perdido, aniquilado; mas também, e pela fusão imaginária com o amado, igual aos espaços infinitos de um psiquismo sobre-humano. Paranóico? Eu estou, em amor, no ponto mais alto da subjetividade." (Julia Kristeva, in Histórias de Amor).
ResponderExcluirUm abraço, Maria Teresa.
À Italiana:
ResponderExcluirSão tantas as questões... Não é à toa que o tema já foi prato cheio de tantas filosofias... Aqui nos resta vivê-lo, não é?
Beijos
Nivaldete:
Nossa, que complemento! Digno dessa soberania indestrutível do Amor que invade e aniquila e arrebata! Obrigadíssima.
Beijos
Olá querida Maria Teresa,
ResponderExcluirGostei muito deste diálogo sobre o amor! Penso que o amor recíproco é sempre o melhor,mas também que o tempo me foi dando outra postura e que é mais importante amar, porque me enche toda por dentro, do que ser amada!...
Venho aqui tb para lhe dizer que tem um selo no meu blogue para si, uma distinção pela sua criatividade.
Beijos,
Manuela
Falar sobre o Amor é tarefa impossível...
ResponderExcluirHá sempre mil e uma formas de o sentir...
de o analisar...
Amar ou ser Amada/o - o que será melhor?
Eu direi: depende...
O que importa é passar por esta vida, sabendo
o que é AMAR.
Bj.
Manuela:
ResponderExcluirAgradeço muito a sua sempre gentileza! Vou lá buscar!!
Beijo carinhoso.
Silenciosamente ouvindo:
Estou com você; não importa a teoria, claro que não. Viver o Amor ou de Amor é melhor do que construir teorias plausíveis sobre ele, claro que sim.
Beijo
Amar e ser amado! De qualquer forma que esse enlace se estabeleça ele se faz pleno, feliz e abençoado. Vale a pena, vale a vida!
ResponderExcluirBj Ruth
Ru:
ResponderExcluirE como vale!
Beijo carinhoso.