Plenitude
Serena, dançava a música delicada que só ela ouvia, no açucarado do azul cotidiano. Bailava com ritmo constante e leve, sentindo o respirar do vento que lhe roçava o rosto e a fazia ficar de olhos cerrados. Olhava para fora e sentia o aroma acidulado, olhava para dentro e escutava a textura do que não sabia bem o quê. Sempre fora assim, desde muito cedo. Sempre, sempre. Os olhos foram ficando desaprendidos de ver, no entanto, e a dança há muito deixou de ser palavra. A dança. A que capta encantamentos válidos e a medida que eles não têm. Dizem que o silêncio vai cingindo-a pouco a pouco e abraçando seus braços brancos e flácidos. Braços de uma essência estranha, de transparência quase. Talvez a plenitude seja assim: uma dança quieta e melodiosa e cristalina. Invisível.
Que texto bonito ...
ResponderExcluirObrigada, Carolina. Meus botões ficaram felizes com sua visita carinhosa.
ResponderExcluirUm texto cheio de ternura, com uma certa melancolia... Uma descrição perfeita do que deve ser a plenitude.
ResponderExcluirBeijos
Serena... magia em todos os sonhos. Afinal o que resta senão sonhar? Bj RUTH
ResponderExcluirDulce:
ResponderExcluirParece tão inacessível, não é?
Beijos
Ru:
Fiquei muito feliz com sua presença por aqui. Seja sempre muito bem-vinda!
Beijos
Amiga imagen y texto muy bello lleno de plenitud y belleza .
ResponderExcluirBesos de MA, gracias por tu felicitación dejada en mi querido blog .
Que imagens mais exatas para descrever o que nos parece a plenitude - e sempre vai parecer apenas, porque é invisível, intocável e quase inimaginável, neste mundo inconstante como um caleidoscópio. Ou será que existem vários tipos de plenitude e o caleidoscópio dá conta de uma delas, adaptada a nossa percepção?
ResponderExcluirBeijo, Maria Teresa.
Ma:
ResponderExcluirAgradeço suas palavras carinhosas.
Beijos
Dade:
A plenitude vai tão além de nossa imaginação e de nossa percepção, que até o caleidoscópio não parece dominá-la por inteiro, como você caracterizou. No entanto, acho que os vários tipos agregam-se, como se fossem as várias faces de um prisma. Gigantesco!
Beijos
Olá, Maria Teresa! Como sempre, uma linda e poética descrição! Que possamos, em vários momentos, nos sentir plenos! Beijos!
ResponderExcluirCassia:
ResponderExcluirMesmo que isso seja uma linda utopia, por que não acreditar nela, não é?
Beijos
Tem um selo para o teu blog lá no Palavras e Imagens.
ResponderExcluirhttp://www.marquesiano.blogspot.com
Parabéns!
Beijos.