O nome dela é Laura. Laurinha como a chamam na pequenez de seus oito anos. De olhos expressivos e negros, assustados e cheios de ternura. Ela contou para Fátima Bernardes e também para quem quisesse ouvir que de repente o banheiro se partiu e que tudo tinha sido tão rápido que quando ela acabou de piscar não havia mais banheiro. Contava e piscava. Tão rápido como uma piscadela de cílios encurvados. Contou também que no seu colo o pai lhe disse "Laurinha, fica bem pelo amor de Deus” e que as lágrimas dele rolavam aos montes pelo rosto, como tudo o que despencou na montanha de Niterói onde o lixo explodiu. Não falou da mãe nem dos irmãozinhos, mas disse confiante que “Deus me ajudou com muitas coisas; agora vou viver minha vida, tenho muitas coisas para viver”. O Cristo de braços abertos segurou a Laurinha do morro do Bumba no tempo de uma piscadela, ufa!
Vi/ouvi também essa menina... Aliás, 'menina', neste caso, é só um nome. Ela é mais poderosa que a montanha caída... Esses governantes idiotamente irresponsáveis deveriam se aconselhar com ela. Humildemente. Sobretudo, aprender.
ResponderExcluirEu assisti e vi essa menininha que me encantou. Coitadinha, sabe bem das coisas...beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirTambém me comovi com Laurinha, pensando em quantas outras Laurinhas o Cristo não tivera tempo de socorrer...
ResponderExcluirTristeza infinita...
Beijos, Teresa.
Maria Teresa
ResponderExcluirQuanta tristeza a dessa gente que viu desaparecer tudo dum momento para o outro. Que bela lição de vida a da Laurinha que perante a desgraça, tem essa atitude " agora vou viver minha vida, tenho muitas coisas para viver".
Beijinhos
Lourdes
Oi, Nivaldete:
ResponderExcluirAgora é hora de um jogar no colo do outro a responsabilidade do lamaçal! Quantas lágrimas derramadas que se confundem com a chuva que não pára de cair...
Beijos
Chica:
Bem-vinda! A menina enxerga longe mesmo... Depois do que disse, já se tornou símbolo da tragédia e, seguramente, esperança para os que ora acreditam nada mais esperar da vida.
Beijos
Dulce:
Fico imaginando a tristeza dos pais que nem encontram os corpos dos filhos; quantos sonhos enterrados para sempre...
Beijos
Lourdes:
Pois é, ouvindo-a, todos nós passamos a valorizar mais cada um dos momentos, afinal, tudo pode acontecer no tempo mesmo de uma piscadela...
Beijos
Amiga Teresa,
ResponderExcluirFelizmente a Laurinha safou-se... fiquei comovida.
Todos estes dias ouvimos as notícias e ficamos com o coração apertado de dor.
Oxalá ela seja protegida bem como todos os sobreviventes dessa terrível tragédia.
Dos traumas desse dia, ela jamais se livrará.
Beijos
Ná
Fernanda:
ResponderExcluirSão marcas profundas que ficam gravadas para sempre, é verdade. O que se espera, depois do caos, é que os erros todos sirvam de aprendizagem...
Beijos
Maria Teresa,
ResponderExcluirPasseei pelo seu blog. É lindo! Cheio de poesia e também de realidade como esta, a Laurinha.
Parabéns! Virei sempre aqui.
Visite-me tbm: www.ivanikubo.blogspot.com
Abraço,
Ivani Kubo
Bem-vinda, Ivani! Estes botões ficaram felizes com sua mensagem. Vou visitá-la!
ResponderExcluirAbraços,
MTeresa
ate onde a natureza vai gritar
ResponderExcluirMaria Teresa..
ResponderExcluirNão tem como a gente ver tanta coisa acontecendo com pessoas de carne e osso como nós e ficar indiferente,. E onde se encastelam os responsáveis por tanta tragédia e tristeza? Culpar a natureza é muito simplista demais. Entendo assim..
Abraços, minha querida
Maria Alice
Caro José:
ResponderExcluirA natureza está aos berros, mas os "muros são surdos", como diria Drummond...
Abraços
Olá, Maria Alice:
ResponderExcluirSem dúvida, concordo com você. Simplista e cômodo, diante do mar de lágrimas que já foram derramadas.
Fiquei feliz de encontrá-la por aqui!
Beijo carinhoso.
Querida Maria Teresa! Comovente, tocante, como tudo que vem se derramando diante de nossos olhos após mais uma tragédia anunciada! Beijos!
ResponderExcluirCassia:
ResponderExcluirE quantas tragédias... Quando as feridas da sensibilidade parecem estar recuperando-se, abrimos os jornais e lá estão elas, bem à vista...
Beijos