segunda-feira, 16 de maio de 2011

Duplo

No vazio. Na menina com cara de anjo que apareceu no filme de ontem. Penso nela. E na infinita complexidade que existe no ser humano dividido entre Bem e Mal. Penso na verdade demoníaca que aprisiona a outra, aquela que se estampa na fisionomia serena de todo rosto que vemos e que nos vê.

Há perversidade inata? Há em toda criança que nasce essa predisposição para o cinismo, para a ironia que fere e que destrói? A menina do filme Caso 39, dirigido por Christian Alvart, era plácida, mas também diabólica. Somos todos assim?

(imagem: http://www.google.com.br/imgres)

11 comentários:

  1. Às vezes, minha amiga, chego mesmo a pensar que sim, fico imaginando que talvez alguns consigam dominar seus demônios quando se abrem para o amor ao próximo, à vida, à Deus, enquanto que outros abrem-lhes a alma de par em par e deixam-nos dominar seus passos... É mais ou menos assim que me sinto diante de tanta maldade que vejo espalhando-se pelo mundo através dos tempos... E esse pensamento me assusta.

    Beijos e boa semana

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  2. Acredito também que nascemos Yin/Yang e um lado acaba pesando mais que outro. Concordo com a Dulce que uns conseguem dominar seus demônios. Já vistes o filme 'A Fita Branca"? Mais um exemplo de que as crianças podem ser e são más. Há vários exemplos pela vida afora... assustador mas real.

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  3. Olá Teresa,
    De facto eu também penso que temos em nós naturalmente essas duas componentes e levamos toda a vida a racionalizar...
    As crianças têm esse «naturalmente» em estado mais puro e se não orientadas podem ser realmente más, há quem defenda que o estado nato é sempre para a maldade!
    Beijos,
    Manuela

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  4. Não assisti a esse filme, mas respondendo sua pergunta, diria: "sim, somos todos assim". Um abraço.

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  5. Dulce:
    Também fico muito assustada! A reflexão sobre essa problemática tem me acompanhado e tem me feito apostar que bons propósitos não podem ser apenas utopias...
    Beijos


    Arianna:
    Anotei aqui para ver. É triste a constatação de que não faltam fatos reais para atestar esse lado sombrio.
    Beijos


    Manuela:
    Talvez a Arte possa contribuir com elementos que reforcem o lado do Bem, da Pureza e da Generosidade, não? Afinal, se estão unidos e interceptados, por que não apostar na força positiva?
    Beijos


    Halem:
    Constatação demais dolorosa, não é? Lembrei-me de Machado de Assis em MEÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria."
    Abraços

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  6. Olá Maria Teresa
    De volta após as anomalias do "blogger", que me deixou com o meu lado mau à superfície.
    Eu sou das que vivem na dúvida. Há muitas pessoas que são encaminhadas para uma vida de Bem e acabam por ser más pessoas e vice-versa. Daí a minha dúvida.
    Beijinhos
    Lourdes

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  7. Lourdes:
    Ah, ainda bem que não foram só por aqui as anomalias... Estava desanimada com as dificuldades das postagens...
    Sabe que fico pensando, Lourdes, que um dos aspectos mais delicados neste assunto é o acaso, é o ficar em cima da cerca torcendo para cair do lado certo, não é mesmo?
    Beijos

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  8. Amiga Teresa!
    Não vi o filme mas estou curiosa.
    Na verdade, e pela minha experiência enquanto professora, por mais que nos custe a acreditar, há maldade incompreensível nas crianças com rostos de anjos.
    Será inata? Genética? Congénita?
    Não sei.

    Beijinho

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  9. Fernanda:
    Pois é, fiquei muito angustiada com essa constatação e com essa dúvida...
    Beijos

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  10. É claro que não somos assim. Nenhum de nós o é! As circunstâcias é que por vezes nos pregam peças que nos tiram do sério e nos levam a transformar nossa personalidade, afeita ao bem e à felicidade em pérfidas manifestações. Deus nos livre delas...!
    Bj Ruth

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  11. Ru:
    A vida, de fato, merece que pensemos assim!
    Beijos

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