Tecido de fios que se emaranham e se harmonizam compondo o todo que nunca está completo. As ligações têm nexos lógicos e outros nem tanto assim. Têm afinidades e antipatias próprias de tudo que existe e que fica meio perto ou justaposto; por isso que as histórias enveredam por caminhos às vezes tortuosos, às vezes paralelos, às vezes plenos de cruzamentos. Essas histórias vão estruturando enredos associados a sonhos e a objetivos, mas também a imprevistos e percalços necessários. Assim é quando se escreve, assim é quando se vive. Talvez devêssemos prestar mais atenção às aranhas. São elas as artífices mais habilidosas no trato dos fios que devem seguir esta ou aquela direção; possuem a arte da observação e o talento da persistência para enlaçar e formar desenhos que encantam pela delicadeza da simetria e da coerência. As palavras se enredam no texto para que se atinja esse ideal; as pessoas se encontram se reparam se abraçam se desgostam se re-veem se emocionam se apertam se esgarçam, promovendo nós e laços. Nós e laços de cada teia, de cada tecido que nunca fica pronto.
Amiga Teresa.
ResponderExcluirPerfeita a analogia entre a vida das pessoas e as teias das aranhas.
Na sua simplicidade e sem tecnologias de ponta, elas fazem o mais difícel ... facilmente, de um dia para o outro.
Nós temos a propensão de baralhar tudo, tepeçar nos nossos próprios pés, dar laços em vez de os desfazer...coplicar a vida!!!
Adorei, como sempre, o texto.
Sempre me repito, mas adoro a forma como escreve.
Beijinhos
Ná
Na Casa do Rau
Texto profundo, cheio de sabedoria...A cada dia fico mais "enlaçada" no encanto de suas palavras. Beijos.
ResponderExcluirMaria Teresa. fico encantada com a forma com que você conduz as palavras, dá sentido a cada linha, elabora seus textos, conduzindo o leitor por seu pensamento, tentando antever a história a cada frase...
ResponderExcluirLindo!...
beijos e ótimo final de semana
As aranhas nunca erram.
ResponderExcluirErrar, erramos nós.
Muito bem pensado o seu texto. Como, aliás, costuma ser tudo que sai de suas mãos-cabeça-e-coração...
Grande abraço!
Fernanda:
ResponderExcluirAgradeço muito suas palavras cheias de ternura. Concordo com você que, ao tropeçarmos nos próprios pés, fazemos da vida uma realidade esgarçada e não usufruímos dela com serenidade. Vivam as aranhas!
Beijos
Dalva:
Obrigada, minha amiga querida! Como fico feliz ao sabê-la por aqui, encurtando nossas distâncias!
Beijo carinhoso
Dulce:
Você sempre gentil e amável nas suas manifestações. Agradeço muito.
Um grande beijo.
Nivaldete:
Que delícia de mensagem! Hoje o dia ficou ainda mais azul.
Beijos
Amei o teu texto! Gostaria muito que tu me concedesses a publicação dele, com os devidos créditos, é claro, no meu blog de redação. Seria um bom pretexto para eu começar a falar sobre a coesão e coerência textuais. Parabéns! Beijos.
ResponderExcluirTânia:
ResponderExcluirClaro que pode publicar, fique à vontade. Fico muito contente com a ideia de que o texto possa ter esse caráter de coisa educativa.
Beijos