segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Parábola
Você me trouxe um brinquedo de presente? Claro que sim. E ele tem uma pista daquelas que faz um oito? Não sei bem... Como chama? Não lembro o nome, mas tem muitos carrinhos e tem pista, depois você me diz se gostou, tá? Tá. Posso abrir agora? Não, agora é tarde, amanhã você abre. Mas por que não posso abrir agora? Porque amanhã é melhor, vai ser de dia e você vai poder brincar bastante no claro, agora você está cansado. Não tô não. Como não? Você está branquinho de tanto correr com todas as crianças e seu olho está quase fechando. Não, você não entendeu, meu olho fica pequeno quando eu quero muito muito. Eu sei que você quer, mas amanhã você abre, aliás, vai abrir os outros também, você viu quanta coisa? Vi... Pois é, tem que ter tempo, você vai dormir e sonhar que está abrindo tudo e amanhã você vê se o sonho deu certo. E se o presente que você deu tiver pista que faz um oito? Se for assim, serão duas pistas, você vai sair ganhando. Então posso abrir agora para depois sonhar com a pista? Não, agora os carrinhos estão todos estacionados e, se você quiser brincar com eles, os motores vão acordar quem já está dormindo, amanhã... Mas eu prometo ... Olhe como você está branquinho, deixe eu enxugar essa lagriminha, vamos, durma, que amanhã eu ajudo você a abrir, pronto! Eu acho que os carrinhos vão correr muito ... eu quero muito muito... será que a pista do seu presente faz um oito?
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Amiga Teresa!
ResponderExcluirQue doçura!
Será que ele consegui dormir?! E nos seus sonhos viu essa pista que faz um oito sim!
Na vida, muitas vezes, valem muito mais os belos sonhos do que a realidade!
Beijinhos
Ná
Fernanda:
ResponderExcluirDoçura é seu comentário! Neste momento, a realidade está com gosto onírico.
Beijos
Uma boa forma de educar. Contrariar quando é oportuno e conveniente, mas explicando, convencendo sem autoritarismo desnecessário.
ResponderExcluirOs jovens pais e mães deviam aprender esta lição.
Beijos
João
Saúde e Alimentação
Gosto muito do comentário de A. João Soares mas, ao mesmo tempo, meu marido sempre me diz que devo esperar o dia de meu aniversário para abrir meus cartoes e presentes... sei bem o que o garoto sofre. Afliçoes da alma infantil (que também tenho dentro de mim).
ResponderExcluirarianna
Maria Teresa
ResponderExcluirQuantas vezes me aconteceram casos semelhantes.Eu não sonhava porque quase não dormia. Eu dormitava e acordava mas era sempre de noite. Uma noite que nunca mais tinha fim...
Beijinhos
Lourdes
As crianças não têm passado, nem futuro, e coisa que nunca nos acontece, gozam o presente .
ResponderExcluirBeijo.
Como é feliz a inocência! Realidade e sonho se cruzam criando ansiedade, gozo antecipado, esperança. Criança feliz aquela que se debruça nos conselhos da mãe e é embalado por seu carinho. Bj RUTH
ResponderExcluirManuel e João, as crianças não têm passado; não lhes volta constantemente à memória lembranças de promessas não cumpridas, atos diferentes das falas, posicionamentos oscilantes conforme a conveniência. Educar não é fácil, porque para que a educação tenha êxito verdadeiro, precisamos ser exemplo. E nesse exemplo que somos, sendo pessoas de uma palavra só, às vezes perdemos, às vezes ganhamos porque nossa palavra não muda, e, então, temos que arcar com as consequências disso. Se sempre nossa vontade é feita ou se sempre não é, algo parece estar errado, profundamente errado nesse tipo de relação.
ResponderExcluirFico extremamente decepcionada ao ver a maneira de proceder de alguns pais. É pena.
Te
ResponderExcluirComo você capta as coisas e transforma em um sonho encantado que nos eleva as emoções! Com que facilidade você vê encantamento e poesia nos gestos e palavras! Se você não existisse, teria mesmo de ser inventada, é muito especial!
Lindo, lindo, lindo!
Maria Tereza, amei! amei! amei! Bjão, Adriana
ResponderExcluirNão é uma judiação impedir uma criança de abrir um brinquedo?
ResponderExcluirBeijos.
Aos meus queridos leitores:
ResponderExcluirProvavelmente o serviço de publicação de comentários esteja com algum problema. Recebi ontem retornos desta postagem de A.João Soares, Arianna, Manuel Marques, M. Lourdes, Rute, leitor anônimo, Adriana Yazbec, Dulce e Neide e os mesmos não apareceram aqui, como deveriam. Espero que tudo se normalize rapidamente e agradeço muito os retornos tão bem-vindos.
Beijos
A.João Soares:
ResponderExcluirSem dúvida que o bom-senso é um grande aliado na educação. Muito grata por seu retorno.
Abraços
Arianna:
E como é bom ter esses resquícios de infância por dentro... São fantasias que nos fazem mais puros...
Beijos
Lourdes:
Até hoje a ansiedade tira o sono, não é? A noite fica mesmo infinita...
Beijos
Manuel Marques:
E nos dão grandes lições todos os dias. Precisamos ficar atentos...
Grande abraço
Ru:
Todas deveriam merecer esses privilégios, não é?
Beijos
Caro anônimo:
De fato, não há cartilhas que apresentem modelos perfeitos; tudo depende do bom senso que às vezes fica muito em falta.
Abraços
Neide:
Obrigada pelo comentário tão terno. Fiquei muito feliz!
Beijo carinhoso
Adriana:
Que delícia ver você por aqui. Adorei!
Beijão pra você também
Dulce:
Acho que o momento é tão mágico, que às vezes se adia, não é?
Beijos
Olá, Maria Teresa! Soube da cena "na vida real" hoje, através da querida Virginia, e pude perceber, uma vez mais, o quanto você enriquece situações cotidianas com sua deliciosa forma de narrar! Beijos!
ResponderExcluirCássia:
ResponderExcluirSeu comentário sempre vem recheado de ternura, muito obrigada!
Beijo carinhoso
Oi Tê,
ResponderExcluirMe lembrei muito de você ontem a noite.
Lucca está entrando na fase dos jogos de videogame. E está maravilhado com esta nova fase. Dificil é controlar a ansiedade dele querer jogar todos os dias quando volta da escola. Como uma criança de 03 anos já domina tão bem toda aquela coordenação motora dos jogos?
E eu, tentando fazer a coisa certa, não deixo ele jogar sempre que quer. Na segunda-feira ele chegou da escola todo feliz e logo veio: Mamãe, hoje eu posso jogar joguinho? Hoje não meu amor, hoje não é dia de jogar ... Hoje é dia de brincar com brinquedo, de lermos livros, contarmos estórias. Ah, mamãe, vamos fazer este combinado? Eu tomo banho, como o papá e jogo joguinho ... Hoje não Lucca. Na hora de dormir, rezamos para o papai do céu (fiquei toda orgulhosa em ver que meu pequeno aprendeu direitinho o Pai Nosso), agradecemos pela proteção do dia que passou. Mamãe o que eu vou fazer amanhã? Vai acordar, tomar o seu leitinho e ir pra escola. E quando eu voltar? Vou poder jogar joguinho? Dorme meu amor, amanhã a gente conversa melhor. Seus olhinhos estão cansados, você precisa descansar, seus olhinhos estão quase fechando ... Mamãe, vamos fazer um combinado? Amanhã eu posso jogar joguinho quando você me buscar na escola? Vamos ver filho ... Vamos ver ... Ele fecha os olhinhos, vira pro lado, abre os olhos e logo me pergunta de novo. Mamãe, hoje já é amanhã?
Beijo grande
Vanessa
Maria Teresa,
ResponderExcluirEu achei esta tua "Parábola" um amor!
Lembrei muito dos meus filhotes quando pequenos, e toda aquela ansiedade que lhes era peculiar...
Hoje, aos 57 anos de idade, e após tudo o que já passei na vida, eu com certeza teria deixado meu filho abrir ao menos este presente que ele queria, antes de dormir. Depois o sonho demoraria a vir, mas com certeza seria doce!
Uma beijoca saudosa,
neli
Vanessa:
ResponderExcluirQue lindo saber que tudo isso é de verdade, não é?
Saudade de vocês!
Bjos
Neli:
Concordo com você. Acho que eu também deixaria abrir, logo no segundo pedido com carinha de doçura.
Beijos
Maria, eu tb deixaria abrir. E não esperaria o segundo pedido, já que, sendo uma cria minha, conhecida minha, portanto; saberia que uma coisa muito querida não deve ser procrastinada por um tempo maior do que se pode esperar com riscos de perder o sentido de ser.
ResponderExcluirAlguns pais, infelizmente, conhecem a seus filhos como conhecem à vida.
Beijos,
Amanda
Amanda:
ResponderExcluirPois é, eu deixaria abrir hoje; quando as crianças eram pequeninas, acho que minha tendência seria a mesma do personagem da história, afinal, procura-se acertar sempre, para que haja limites.
Beijo
Que ternura de parábola Maria Teresa e que fascínio o mundo das crianças, onde desperta a minha criança. Apesar de ser uma criança crescida eu ia dormir pessimamente a cismar se a pista fazia um oito!!!!
ResponderExcluirBeijinhos,
Manuela
Ah, como invejo quem tem essa capacidade de negociação com as crianças...
ResponderExcluirQuerida amiga Teresa!
ResponderExcluirHoje há À Sexta na Quinta lá no Rau!
Tenho uma surpresa para ti, espero que gostes.
Beijinhos
Ná
Halem:
ResponderExcluirE cada vez mais elas estão ficando mais espertas!
Abraços
Manuela:
É uma felicidade saber que ainda somos crianças crescidas, não é?
Beijos
Fernanda:
Adorei a surpresa lá na CASA DO RAU! Foi uma daquelas emoções saborosas, que devem ser deglutidas bem aos poucos, para não acabar...
Beijo carinhoso
Ei! Ei!... Qual foi a surpresa na CASA DO RAU?? Conta pra gente.... Tô morrendo de curiosidade.
ResponderExcluirarianna
Arianna:
ResponderExcluirFoi uma chamada aqui para o Ouvindo meus botões, com a costumeira ternura de que a Fernanda costuma se vestir. Confira: http://naquintadorau.blogspot.com/
Beijo
Amiga Teresa!
ResponderExcluirVim saber quem já tinha visitado e não estou muito satisfeita.
Acho que os meus visitantes estão a ter dificuldade em cá chegar :)))
Espero que estejas a gostar dos ares lá da "quintinha", da comidinha, da cavaqueira, de tudo.
Hoje fiz mais compota de uvas e colhi os primeiros araçãs.
Tenho comido castanhas assadas todos os dias, gostas??? Tenho que ver se não vou engordar :)))
Pena que os meus dióspiros estejam ainda tão verdes, bem como as laranjas e as tangerinas, mais umas semanas e começaram a ficar no ponto.
Beijinhos querida.
Ná
Fernanda:
ResponderExcluirAcho que estou com algum problema no blog mesmo. Para mim, esta página de comentários só aparece com os primeiros 2, sendo que há mais de 25 (vejo quando respondo aos comentários), se não me engano. Além disso, não consigo mais visualizar nova postagem e a data permanece sempre 18/10. Espero que logo tudo se normalize.
Agradeço novamente seu carinho tentando sentir o gosto das castanhas lá na Casa do Rau, tão cheio de atrativos... Adoro castanhas. Para mim, Ano Novo cheira a castanhas.
Beijos
Eu "quero muito, muito" voltar a ser pequenino e poder protagonizar essa maravilhosa história de amor! Lindo, Teresa, digo do fundo do coração, verdadeiramente enternecedora!
ResponderExcluirBeijinho e parabéns pela merecidíssima homenagem da nossa querida Ná.
Bom fim-de-semana!
Pois é!
ResponderExcluirO grande problema da educação: não saber dizer 'não'!
Pais cansados, aflitos, o 'não' sai quase que imediato. A criança insiste e... 'sim!'
É preciso dizer 'não' e sustentá-lo. Ou dizer o 'sim' se achar que não vai ser possível, mediante a insistência.
Isso evitaria uma série de problemas.
A Ná nos apresenta e nós nos apresentamos.
Prazer! Uma parasita a mais,
Giardia.
Giardia:
ResponderExcluirEstes botões alegram-se muito com sua visita! Apareça sempre.
Abraços
Quicas:
ResponderExcluirEsta criança que procuramos manter no coração parece que deixa a vida mais leve, mais pura (e isso é real)!
Agradeço muito seu retorno, que já tem um estigma de carinho duradouro.
Abraços
Bom dia querida Teresa!
ResponderExcluirVim saber como foi o café da manhã? Gostoso? Já lá tem também marmelada de marmelo e queijinho fresco.
Ah! o pão é feito também cá em casa, todo o dia há pão fresco e quentinho logo de manhã, a máquina o faz de noite :)))
Há pão de mistura, que é o que eu mais gosto, de nozes e até com canela.
Amiga, há sim um problema com o teu Blog, pelo menos há a indicação de um post novo que não existe.
De resto, eu chego cá na hora.
Como seria bom que assim fosse no vida real.
Beijos
Ná
Fernanda:
ResponderExcluirO cheiro de canela do pão chegou aqui! Que delícia!
Pois é, não consegui ainda solucionar o problema das postagens, mas os comentários, eu os vejo pelo endereço de e-mail e respondo aqui.
Um ótimo dia para você.
Beijos
Teresa
ResponderExcluirQue doçura de texto que mostra a candura e insistência de uma criança e a forma gostosa de se educar com carinho.
Lindo demais.
Beijos
Cara Maria Teresa
ResponderExcluirFiquei inspirada com seu texto e vou te mandar por email um audio especial "feito em casa" : "Se a gente grande soubesse..."do Billy Blanco dos anos 70....
abraço
Maitê!!
ResponderExcluirAndo saudosa de ti, minha doce amiga!
Esse conto enterneceu-me de forma singular, pois tenho algo parecido...
Um beijo!
Meus Botões te esperam!
Olá Maria Teresa,
ResponderExcluirSegui o conselho da amiga NA, e vim visitar o seu blogue!
Parabéns! Gostei muito do que já li.
Voltarei por certo para a conhecer um pouco mais!
Até lá...
Bjs dos Alpes
Querida Teresa!
ResponderExcluirHoje notaste e saboreaste, cá em casa, o cheiro e o paladar do pão centeio, bem escuro, que barramos com doce, acabado de fazer, de araçãs. Ummmm! estava delicia.
Eu só bebo bebida de soja e não dispenso os meus cereais com frutos do bosque.
Mas comemos fruta fresca da época e biológica, cá da quinta ou da dos vizinhos; maças bichadas, figos frescos e kiwis do meu quintal, algumas são espécies autóctones e com um sabor único. Acabamos comum excelente café feito pelo José, ele é artista.
Amiga, o almoço aqui também já foi, não to descrevo porque não sei se gostas de coelho. Eu adoro e é muito saudável.
beijos doces
Irene:
ResponderExcluirDe fato, educar com carinho é o jeito mais sensato de acertar ou até de errar, sabendo que para esse tema não há nem nunca houve modelo, regra ou padrão.
Beijos
Graça:
Saudade de você também!
A vida merece um pouco de candura, não é? Fiquei muito feliz com sua presença carinhosa.
Meus botões aparecerão para uma visita, claro que sim!
Beijos
Ligia:
Estou ansiosa pelo audio. E feliz ao encontrá-la aqui.
Beijos
Fernanda:
Essa Casa do Rau inspira aquela paz azul cheia de sabores e de alegrias. Que delícia de café da manhã e o coelho, então, imagino como deve ter ficado soberbo!
Não sei como agradecer toda sua ternura.
Beijos
Flor Alpina:
Apareça mesmo; meus botões estarão sempre muito contentes com sua visita!
Beijos