quarta-feira, 17 de março de 2010

Glauco


Quando li que há várias exigências religiosas para que o frango brasileiro chegue ao mercado islâmico e que esse trabalho de exportação é avaliado por visitas de comissões sanitárias, religiosas e diplomáticas de vários países muçulmanos, fiquei pensando sobre o poço de inquietude que se encerra em cada um de nós, cada qual com suas convicções, com suas crenças e com suas filosofias. E daí me lembrei das tirinhas do Glauco. Do Geraldão e de sua vida preenchida por instantâneos concomitantes, por atividades desenfreadas que, necessariamente levam a uma explosão como clímax inevitável. Tudo no tempo mínimo de uma tira. O consolo é a turbulência, a inquietude. Somos mesmo espelhos do Geraldão com seu frenesi de braços e de pernas, com sua cara de nada frente à brutalidade e à frustração, mas também diante da delicadeza e da ternura.

5 comentários:

  1. Delicadeza e ternura que você colocou aqui neste seu post que pode ser considerado uma linda homenagem ao Glauco e a seu brilhante trabalho.
    Beijos

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  2. Às vezes só resta um grande silêncio. Mas as tirinhas continuam falando, mesmo sem palavras...
    Abraços.

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  3. Dulce:
    Obrigada. De fato, ele deixou uma herança valiosa, sempre com humor e inegável sentido de reflexão sobre nossa realidade.
    Bjos


    Nivaldete:
    A Arte perpetua os pensamentos, ainda bem!
    Beijos

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  4. Profa,

    fiquei sabendo desse acontecimento. Fiquei abaladíssimo quando li a notícia. Amo o Brasil, mas às vezes me bate uma tristeza.
    Gosto muito das suas reverências às grandes personalidades de nosso país, me conforta.

    beijos

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  5. Daniel:
    As tragédias acontecem e acabam sendo banalizadas, como se fossem fantasias da ficção! Imagino como você deve estar saudoso, mas nem tudo se compara aos preceitos mais justos que você vivencia por aí.
    Beijo carinhoso.

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