quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Dinho


5 de novembro sempre foi dia especial, de comidinha especial daquele caderno de receitas cujas folhas estão bem finas, de tanto serem viradas de lá pra cá, dia merecedor de sobremesa com cara de festa cheia de formosura servida num prato de cristal todo emproado, pra ficar patente a homenagem e a alegria desta primogênita de preparar com ternura o doce que iria ser saboreado com mais alegria ainda, afinal dia 5 de novembro não é todo dia que aparece no calendário desse nosso tempo que é quando e que é tão efêmero mas que deixa tanta saudade; por isso que cheguei correndo neste dia 5 de novembro cheio de trabalho, para deixar depressa, antes que ele acabe, estas minhas palavras cheias de doçura como aqueles doces que eu fazia “para oferecer ao Dinho”, como ele gostava sempre de registrar no meu caderno de receitas de folhas finas, sentado na mesa da cozinha, antegozando o prazer de estar ali e de saborear bem devagarzinho as delícias que a vida oferece numa balada efêmera de doces viveres. Que saudade do Dinho!

13 comentários:

  1. Ah, Vera, pena que os botões às vezes teimam em falar de academia, de colesterol... O negócio é não ouvi-los, né? Beijos.

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  2. Minha amiga,

    Não está implícito o que aconteceu ao Dinho, só percebi que o amava muito.
    O meu único filho, agora com 30 anos, fará 31 a 15 de Novembro e eu também não lhe farei o bolo, nem tão pouco o seu prato predilecto...ele está a viver na Suiça, triste não???
    Mas sabendo que ele está bem, falarei com ele, mandarei um e.card e festejarei com meu marido o seu nascimento, a coisa melhor que nos aconteceu na vida.

    Bfs.
    Beijo

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  3. Olá, Fernanda: Dinho era meu pai, que já se foi há 16 anos; 5 de novembro era seu aniversário e continua sendo, com as singelas lembranças que ficam, felizmente.
    Um filho longe também dá certa sensação de melancolia, e como dá. No entanto, se compreendermos bem o pensamento de Kahlil Gibran - "Vossos filhos não são vossos filhos" - estaremos sempre como espectadores aplaudindo-lhes os sucessos e torcendo muito por suas conquistas. Felicidades para seu filho e parabéns também a você! Beijos.

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  4. Obrigada por sua gentil visita e por palavras tão carinhosas a cerca de meu trabalho.
    Voltarei sempre que a minha conexão me permitir abrir as páginas (rs).
    Hoje eu trago uma história de infãncia, a de um baobá lá da ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Garanto que vai gostar muito.
    FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja um bom fibal de semana.
    Saudações Florestais !

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  5. Maria Tereza
    Há pessoas que, ao partirem, deixam um rastro de luz que vai iluminando nossos caminhos pela vida a fora. Entendo seus sentimentos porque é assim que me sinto com relação a meu pai. Ele partiu faz já vinte e quatro anos e a saudade é a mesma, e as datas que antes comemorávamos juntos hoje são dias de lembranças,
    Muito linda esta sua postagem.
    Um abraço.

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  6. Silvana:
    Agradeço também sua visita. Seu trabalho de recorte de nosso folclore é mesmo fantástico. Estou sempre por lá. Beijos.

    Dulce:
    Muito obrigada por todo esse carinho, que embrulhou minha alma pra presente! Sabe aquele tipo de mensagem que vai fazendo o sorriso ficar cada vez mais largo? Pois bem, foi assim...
    Um beijo,
    Maria Teresa

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  7. Gostei de sentir que há uma saudade boa, não amargura: doçura. Um abraço.

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  8. É assim mesmo a saudade, Nivaldete! Por isso que faz tão bem!
    Beijos,
    MTeresa

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  9. Nossa Te, você faz brotar a emoção na pele, pois quer onde ele possa estar, com certeza se emocionou com suas palavras tão verdadeiras que somente o tendo conhecido pode-se sentir sua falta com muita saudade e nunca esquecê-lo.
    Beijos

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  10. Ne, tenho certeza de que ele está sempre pertinho... Beijos grandões.

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  11. ... UFA!!! ainda bem que eu achei uma foto mmuito fofa do Dinho apagando as velinhas de um bolo de 1000folhas onde ele devia estar fazendo uns 70!? ... e deixei na minha mesinha de cabeceira ... acendí uma velinha ... e conversei ! ... só não comí quindim ou ovos nevados ... mas relembramos muitas coisas boas vividas e aprendidas... ainda deixei pertinho outra foto dos meus irmãoszinhos queridos ... para de alguma forma continuarmos juntos.

    YES DINHO!

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  12. Oi, Esther: essas lembranças fazem bem pra alma da gente, não é? Um beijo grandão pra você!

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