segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Menina





A menina pegou o lápis e rabiscou um risco fundo de onde brotou a palavra sonho. E o sonho foi passear com ela pela terra de chão batido e ficou com ciúmes do cachorro de orelhas compridas que também foi junto, fazendo brotar do chão a palavra fingimento que a menina ainda não conhecia. O fingimento saiu na frente do sonho e a menina e o cachorro correram atrás deles, pisando no medo de perder os dois, mas passaram por uma fonte de luz que espantou o medo e fez a menina abraçar o sonho que a essa altura já era seu e guardava uma flor colorida para dar a ela e um biscoito em forma de osso para o cachorro que tinha crescido e virado cão de guarda do sonho da menina. Então, quando o fingimento apareceu, com a ajuda do medo, ele não pôde nem chegar perto da menina vestida com o sonho perfumado pela flor colorida que também espantou o medo. É por isso que as meninas sempre têm um sonho em forma de arco-íris e o fingimento não faz parte da história delas, pelo menos enquanto forem meninas acompanhadas por cachorros de orelhas compridas que comem biscoitos divertidos com gosto de lápis de cor.

6 comentários:

  1. Lindo lindo!... Um amor!Compensou meu dia rotineiro.
    Abraço!

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  2. De-lí-cia de comentário! Obrigada, Nivaldete.

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  3. Delicioso espaço. Obrigada pelo convite. Voltarei sempre.
    Beijo grande.

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  4. Seja bem-vinda, Silvana! Grande abraço.

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  5. Que lindo conto!!
    Já peguei minha flor colorida, pois quero viver um sonho... e não quero medo algum perto de mim.

    Olha..que convite maravilhoso recebi para vir, até aqui, conhecer este lindo blog..
    Amei!!
    Tenhas também esta linda flor colorida, guardada junto ao cabelo. Sempre.
    Beijos,
    Regina d'Ávila.

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  6. Regina: agradeço muito o carinho de sua visita. Apareça sempre. Grande abraço.

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