quarta-feira, 29 de julho de 2009
Azul
Nada melhor que dizer, num dia cinzento e chuvoso como o de hoje, que os sonhos são azuis. Quando li no jornal de ontem que corante azul de comida trata lesão medular e imaginei o ratinho de patinhas azuis andando novamente, tive impressão de que deve ser assim mesmo. Aquele ratinho do experimento deixou de ser paraplégico, mas ganhou, além das patinhas, orelhas e focinho cor de anil. Lembrei-me então de Cruz e Souza, o poeta simbolista catarinense, que tanto quis encontrar o sentido de plenitude e que, num momento de grande maturidade literária, registrou um espaço onírico interior também azul, cheio de sinfonia. Para a ciência, azul foi sinônimo de esperança; para o poeta, traduziu o lugar da alma, da harmonia, da paz. Bom saber que o céu não está lá no alto, mas aqui dentro.
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Obrigada por mais uma vez, e sinestesicamente, lembrar-me de que o céu continua aqui dentro...
ResponderExcluirBeijo grande. RIT@
Pois é, Rita, impressionante como muitas vezes "vivemos, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes", como diria nosso outro grande artista da palavra.
ResponderExcluirBeijo,
MTeresa
Feliz em sentir sua anilidade interior!Concordo com você que o céu de verdade é o interior e é ele que nos possibilita enxergar as várias tonalidades de azul que se nos apresentam cotidianamente no céu de todos nós.
ResponderExcluirUma delícia seu blog!Vou visitá-lo sempre.
Beijo,
Mirela
Mirela:
ResponderExcluirMais feliz fiquei eu com sua presença por aqui.O céu cinza de hoje está cor de anil.
Beijo,
MTeresa